segunda-feira, 20 de junho de 2011

Argumentos de Vidro - ISABELLA TAVIANI


"(...)Degrau por degrau vou até o infinito
Meu canto grave vai estilhaçar
Todos seus argumentos de vidro (...)"

domingo, 12 de junho de 2011

TÃO SÓ



"Me avisa quando for curtir o dia
A noite está fria
A minha agonia é ter você
Chega à madrugada, tudo passa
Escrevi mil poesias procurando você
Não veio
Sentir receio
Esperando aquele beijo
Por que me deixou?
Liguei
Procurei
Não achei
Outros amores procuram
Mais tua ternura
Eu gosto de ter"

C. Virgínia Gonçalves

O que as letras trazem quando escrevo.




O que as letras trazem quando escrevo
                                                          são declarações de algo que a voz não fala
                                                                que o corpo só sente.
                                                                e que a alma só cala.
O que as letras trazem quando escrevo
                                                          são declarações de versos vazios
                                                          ou ilusões fantásticas
                                                          fatos que só os olhos filmaram.
O que as letras trazem quando escrevo
                                                          são declarações de amor ou paixão
                                                          sentimentos de ódio ou raiva
                                                          de sensações boas ou calmas.
O que as letras trazem quando escrevo
                                                           para você?
                                                           para o mundo?
                                                           para o ócio?
                                                           para mim? Conforto e desabafo.    

Entre Olhares - "Me ganhou vai ter que me levar."

Pet e Gepeaa convidam a tod@s para o São João: cultura, tradição e diversão.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

CARLA

Assim...
Um papo
Um agrado
Não só amasso

Menina, mulher, veneno
Naquele sereno
Me protegeu

Silêncio meu
Na madrugada vazia
Veio uma menina
Fascínio me deu


Talvez não saiba
Assídua em meus sonhos
Também em hormônios
Me convenceu


Não é abusão
Cativa me faz
Nesse meu tormento
Corajosa demais


Aporte candente
Não tenho retórica
Escrevo palavras tortas
Desacerbo primaz


Tramito na agonia
Mas tenho pedagogia
Que a história suspira
Latente jamais


Depressa Carla
Acalma e transforma
O que a história
Já sabe fazer
 
C. Virgínia Gonçalves

Kit polêmica - Jornal O Estado de S. Paulo – Caderno Aliás - Domingo, 29 de maio de 2011




Debora Diniz*

A história ainda é nebulosa. Parece um daqueles eventos políticos em que os fatos são piores que os rumores. O teatro público foi o seguinte: o Ministério da Educação anunciou a distribuição de material didático de combate à homofobia nas escolas de ensino médio; um grupo de parlamentares evangélicos reagiu ao que foi descrito como kit gay e pressionou o governo contra a iniciativa; a presidente anunciou o veto ao material didático do MEC. As breves palavras da presidente sobre o ocorrido se resumiram a “não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais”. Não arrisco dizer que essa foi a primeira grande polêmica do governo Dilma, mas pressinto uma atualização da patrulha moralista que a perseguiu durante a campanha presidencial.

O primeiro capítulo desse teatro parece ser o único a sobreviver como relato oficial da história. O MEC produziu um material didático para a sensibilização e o combate à homofobia nas escolas de ensino médio. O diagnóstico do MEC é simples: a homofobia mata, persegue e violenta aqueles que estão fora da norma heterossexista de classificação das sexualidades. Um adolescente gay tem medo de ir à escola e ser discriminado. Há histórias de abandono escolar e de suicídio. Uma das personagens do vídeo original do MEC se chama Bianca, uma travesti que sai do armário ainda no período escolar. Seu primeiro ato de rebeldia foi pintar as unhas de vermelho e ir à escola. A ousadia rendeu-lhe um ano de silêncio familiar. 

Ainda não entendo a controvérsia em torno desse material. O puritanismo que crê ser possível falar de sexo e sexualidades sem exibir práticas e performances foi respeitado pelo material do MEC. Bianca é uma voz desencarnada em um vídeo sem movimento. Não vemos Bianca em ação, conhecemos apenas o seu rosto. Só sabemos que Bianca existe, quer ir à escola e sonha em ser professora. Ela insiste que para ser professora precisa ir à escola. Mas ela depende da autorização dos homens homofóbicos de sua sala de aula, que ameaçam agredi-la. Bianca agradece às suas professoras e colegas que a reconhecem como uma estudante igual às outras. Sozinha, a escola pode ser um espaço aterrorizante.


O segundo capítulo da história é mais difícil de acreditar. Grupos evangélicos teriam substituído a história de Bianca por um vídeo vulgar, uma fraude grotesca cometida por quem não suporta a igualdade sexual. Em audiência com a presidente, teriam entregado o vídeo e, ao que se conta, aproveitado a ocasião para conversar sobre a crise política que ronda o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Entre as peripécias de Palocci, as travestis em ato sexual e o fantasma da homossexualidade, a reação da presidente foi suspender o material didático do MEC. O surpreendente não está no uso de mentiras para a criação de fatos políticos, mas na proeza de os grupos evangélicos terem conseguido convencer a presidente de que sua equipe de governo do MEC seria tão medíocre na seleção de material didático para as escolas públicas. 
Se a presidente assistiu aos vídeos reais ou aos fraudulentos, não importa. O fato é que foi anunciado o veto ao material didático do MEC – uma vitória para os conservadores, que não sossegam desde que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a igualdade sexual em matéria de família. Mas há uma injustiça covarde nessa decisão. O tema do material era a homofobia, algo diferente de propaganda de opções sexuais. Na verdade, jamais assisti a um vídeo de propaganda de algo tão íntimo e da esfera da privacidade quanto a opção ou o desejo sexual consentido. Homofobia é um crime contra a igualdade, viola o direito ao igual reconhecimento, impede o pleno desenvolvimento de um adolescente. Homofobia é o que faz Bianca ter medo de ir à escola. 


O verdadeiro material do MEC tem um objetivo claro: sensibilizar professoras e estudantes para a mudança de mentalidades. Uma sociedade igualitária não discrimina os fora da norma heterossexista e reconhece Bianca como uma adolescente com direitos iguais aos de suas colegas. Mas, diferentemente do fantasma conservador, a mudança de mentalidades não prevê uma subversão da ordem sexual – os adolescentes não serão seduzidos por propagandas sexuais a abandonarem a heterossexualidade. A verdade é que o material do MEC não revoluciona a soberania da moral heterossexista, mas contesta a falsa presunção de que a homofobia é um direito de livre expressão. Homofobia é um crime contra a igualdade sexual.
Professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ônibus com estudantes indígenas foi incendiado na noite de sexta-feira (3) em Miranda

O índio terena Edivaldo Francisco Martins, de 29 anos, estava entre os passageiros do ônibus escolar que foi alvo de um ataque com coquetel molotov na noite dessa sexta-feira (3) em Miranda, cidade a 203 quilômetros de Campo Grande. Ao G1 MS, ele relatou que o fogo se alastrou rapidamente dentro do veículo. “Ouvi um barulho e vi a fumaça. Pensei que era uma queimada na estrada. Quando vi o fogo, percebi que era dentro do ônibus”.
Na hora do ataque, havia cerca de 30 alunos do ensino médio, supletivos e cursinhos no ônibus que fazia o trajeto diário entre o centro da cidade e as aldeias que ficam na zona rural. Adultos e adolescentes estavam no veículo.
O ônibus se aproximava do acesso à Aldeia Babaçu quando foi atingido por pedras e garrafa com líquido combustível. Edivaldo conta que os passageiros entraram em pânico. “Não consegui ver nada direito. Todos tentavam quebrar as janelas ou arranjar algum lugar para sair em meio a toda a gritaria. Vi pessoas literalmente pegando fogo”, diz o indígena.
A estudante Lurdivone Pires, de 28 anos, foi a última a sair das chamas. Ela teve a ajuda de Edivaldo, que ouviu gritos dentro do veículo e voltou para resgatá-la. A irmã, Lucivone, acompanhou a vítima que precisou ser transferida para a Santa Casa em Campo Grande. “Minha irmã ia terminar o ensino fundamental este ano. Agora, depois dessa tragédia, não sei se ela vai querer estudar ainda”, relata Lucivone.
Indígena Lucivone, de 28 anos, uma das vítima de atentado a ônibus em Miranda (Foto: Felipe Bastos/G1 MS)Lucivone, de 28 anos, uma das vítima de ataque a
ônibus em Miranda (Foto: Felipe Bastos/G1 MS)
Entre os quatro hospitalizados em Campo Grande, o motorista Laércio Xavier Correia, de 27 anos, é um dos que inspira mais cuidados. Sofreu queimaduras na cabeça, braços, tórax e pernas. Outro paciente permanece internado no hospital municipal de Miranda.
O cacique Adilson, da aldeia Cachoeirinha, ainda não tem pistas sobre a autoria do crime. As polícias Civil e Militar contam com a ajuda das lideranças indígenas para apontar prováveis suspeitos. “O clima na aldeia é de muita revolta, estamos todos chocados com o que aconteceu”, diz o cacique. Cerca de 6 mil índios vivem no complexo de aldeias daquela região.

"A gente quer viver uma nação, a gente quer é ser um cidadão..." Vamos "Gonzaguiar" um pouco...

Inscrições para o ENEM 2011


Olha ai galera mais um oportunidade para quem ainda não conseguiu entrar na universidade já que hoje o ENEM se caracteriza como um pré-requisito para entrada em muitas universidades publicas do país e nas faculdades e universidades particulares que estão inseridas no PROUNI. Então se inscrevam quem tem interesse e BOA SORTE!
As inscrições são de 23/05 até 10/06. Faltam poucos dias. CORRAM!!!!!!!

Inscrições de Propostas para o V Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo na UFRB



"O V Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo tem como objetivos realizar atividades, fomentar discussões, reflexões e formações concernentes às políticas e práticas afirmativas relativas às populações negras no Recôncavo da Bahia e nas demais regiões do país e reunir a comunidade acadêmica, as instituições, grupos e comunidades locais para a construção de proposições que visem o estabelecimento de uma cidadania plena, comprometida com a igualdade racial e a inclusão sócio-econômica. Leia o Edital Nº 13/2011 que contém todas as informações para o envio de propostas, assim como os prazos a serem cumpridos."

1° Resultado da Isenção da Taxa de Inscrição da UFBA

Calendário Isenção Vestibular 2012

Edital   
Inscrições
encerradas 
1º Resultado (pendente da documentação)
03/06
Entrega dos documentos
06 a 22/06/2011
Análise e Deferimento dos Históricos escolares
Resultado Final
 27/07/2011



Após a divulgação dos resultados, o candidato que constar na lista deverá enviar documentação comprobatória de escolaridade no Ensino Médio conforme itens 19 a 21 do edital
• Candidatos Quilombolas e aldeados, devem comprovar sua condição de participação através de documentação exigida no item 6 do edital

- Os candidatos isentos não pagarão nada pela inscrição. 
- Os candidatos que requereram, mas não foram contemplados com a Isenção, poderão abater R$ 5,00 do valor da taxa de inscrição no Vestibular. 
- Todos os candidatos deverão inscrever-se normalmente no Vestibular UFBA 2012, no período de 02 a 24 de agosto de 2011